Soja mantém desenvolvimento favorável no RS

Com plantas bem desenvolvidas, a cultura da soja exibe desenvolvimento favorável em todas as regiões produtoras do Rio Grande do Sul. Até o momento, não foram registrados fenômenos de acamamento, e as folhas basais permanecem intactas. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (01/02) pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), as lavouras de soja conservam seu potencial produtivo, apesar da baixa umidade no solo, especialmente em áreas com pouca cobertura de palha, nos solos de menor profundidade e nas topografias onduladas. Nesse contexto, o aumento das temperaturas está ocasionando maior evapotranspiração, resultando em alguns sintomas de deficiência hídrica nos períodos mais ensolarados; porém, ainda não comprometem a produtividade.

Na Região Oeste do Estado, a presença generalizada de ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi) preocupa os produtores de lavouras mais adiantadas, que estão com as entrelinhas fechadas. Estão sendo realizadas aplicações robustas, combinando princípios ativos que atuam em múltiplos sítios metabólicos do fungo, visando aumentar a eficácia do tratamento e reduzir a probabilidade de desenvolvimento de resistência. No entanto, é necessária uma análise criteriosa, pois as constantes quedas na cotação da soja tendem a reduzir a lucratividade, considerando a recorrência nas aplicações e a demanda por fungicidas de maior valor.

O milho teve a colheita intensificada, beneficiada pelas condições climáticas secas e quentes dos últimos períodos. Essas condições propiciaram a realização da colheita com a umidade dos grãos dentro dos padrões ideais de corte, ou seja, abaixo de 18%. A área colhida alcançou 41%, e a produtividade das lavouras continua apresentando grande variabilidade, impactando de forma negativa a média do Estado.

Além dos problemas relacionados ao excesso de umidade durante o desenvolvimento do milho, muitos produtores mencionam que as espigas estão pequenas e apresentam falhas significativas relacionadas a problemas na polinização. Nas áreas mais afetadas por doenças e pragas de difícil controle, as perdas são expressivas, incluindo dificuldades no recolhimento das espigas em função do tombamento das plantas.

Houve pequeno avanço no plantio do milho (1%), que chega a 98% da área projetada para o RS nesta safra, influenciado pela redução da umidade no solo em parte do Estado e pelas áreas de resteva, originalmente reservadas para o plantio, que, devido à preservação fitossanitária, foram destinadas à cultura de soja ou feijão 2ª safra.

Milho silagem – Houve continuidade no cultivo de novas áreas, alcançando 97% da projeção inicial. O processo de colheita e ensilagem de planta inteira avançou mais rapidamente, devido às condições ambientais mais secas, refletindo na redução da umidade, tanto na massa vegetal a ser ensilada quanto nos grãos. A área colhida corresponde a aproximadose 50% da extensão cultivada. A produtividade estimada é de 39.088 kg/ha, podendo haver redução em algumas regiões, onde os cultivos foram afetados por excesso de chuvas, ventos, pragas e moléstias.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, os produtores de milho destinado à silagem devem iniciar a colheita nas próximas semanas, se não chover, favorecendo os processos de corte, transporte e compactação do material nos silos. Em algumas propriedades, em função da diminuição dos níveis de umidade no solo e da previsão de tempo seco, o corte deverá ser efetuado em breve, para evitar o ressecamento das folhas e a perda do ponto ideal de colheita nas lavouras em fase mais avançada do ciclo.

Butantan deve pedir registro de nova vacina contra a dengue até julho

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Desde 2009, pesquisadores do Instituto Butantan estudam a produção de nova vacina contra a dengue. O imunizante se encontra atualmente em fase final de ensaios clínicos – em junho, o último paciente voluntário a receber a dose experimental completa cinco anos de acompanhamento. A previsão do instituto é que, entre junho e julho, o pedido de registro seja submetido para análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Maior produtor de vacinas e soros da América Latina e principal produtor de imunobiológicos do Brasil, o Butantan é responsável pela maioria dos soros utilizados no país contra venenos de animais peçonhentos, toxinas bacterianas e o vírus da raiva. Também responde por grande volume da produção nacional de vacinas – produz, por exemplo, 100% das doses contra o vírus influenza usadas na Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe.

Classificada pelo próprio Butantan como problema de saúde pública no Brasil, a dengue contabiliza um total de quatro sorotipos. O tipo 3, que não circulava de forma epidêmica no país há mais de 15 anos, voltou a registrar casos. Quem pega dengue uma vez, portanto, pode ser reinfectado por outro sorotipo. Quando isso acontece, o quadro pode evoluir para o que é popularmente chamado de dengue grave, com risco aumentado de morte do paciente.

Tetravalente e dose única

A vacina em desenvolvimento pelo Butantan, assim como a Qdenga, do laboratório japonês Takeda, é tetravalente e contém os quatro tipos do vírus atenuados. “Por estarem enfraquecidos, os vírus atenuados induzem a produção de anticorpos sem causar a doença e com poucas reações adversas”, destacou o instituto. O imunizante brasileiro, entretanto, conta com um diferencial: será administrado em dose única, contra as duas doses necessárias da Qdenga.

Produção

O caminho para a produção da vacina inclui os seguintes passos: o cultivo do vírus atenuado em células Vero do macaco verde africano, técnica amplamente conhecida e estudada pela ciência, segundo o Butantan; o material é purificado e segue para formulação; em seguida, é feita a liofilização, processo que transforma o líquido em pó; por fim, é criado o diluente para ser adicionado ao pó no momento da aplicação da vacina.

Eficácia

No caso da vacina contra a dengue do Butantan, a dose é feita em parceria com o Instituto Nacional de Saúde Americano (NIH) e a farmacêutica MSD. Os ensaios clínicos, neste momento, estão na fase 3. O imunizante foi administrado em mais de 16 mil pessoas e, atualmente, a equipe acompanha os últimos voluntários incluídos. Os estudos mostram os seguintes resultados:

– Fase 1 do ensaio clínico: 100% de geração de anticorpos em pessoas que já tiveram dengue e 90% de geração de anticorpos em indivíduos que nunca haviam tido contato com o vírus.

– Fase 2 do ensaio clínico (voluntários receberam duas doses): 100% de taxa de soroconversão após a primeira dose em pessoas que já tiveram dengue e 92,6% de taxa de soroconversão em indivíduos que nunca foram infectados. Oitenta por cento dos voluntários produziram anticorpos contra os quatro sorotipos.

– Fase 3 do ensaio clínico (dados primários): 79,6% de eficácia geral, 89,2% de eficácia naqueles que já tinham contraído dengue e 73,5% de eficácia em quem nunca teve contato com o vírus.

“Das mais de 10 mil pessoas que receberam o imunizante na fase 3, apenas três (menos de 0,1%) apresentaram eventos adversos graves e todos se recuperaram totalmente. A frequência de eventos adversos foi semelhante entre as três faixas etárias (2-6, 7-17 e 18-59 anos)”, informou o Butantan.

Anvisa

A Anvisa informou já ter se reunido com o Instituto Butantan para tratar da vacina contra dengue que vem sendo desenvolvida pelo laboratório. A atual fase 3 de pesquisa clínica é classificada pela agência como “etapa essencial” para definir de forma científica o perfil de segurança e eficácia da dose.

“Durante a reunião, a equipe do Butantan apresentou alguns dados preliminares do estudo clínico que ainda está em andamento. À medida que o estudo clínico avançar, novos dados e informações complementares poderão ser apresentados pelo instituto para discussão com a Anvisa, com vistas à futura aprovação da vacina, caso os resultados clínicos comprovem sua segurança e eficácia.”

Chikungunya

Em dezembro, o instituto enviou à Anvisa pedido de registro definitivo para uso no Brasil de sua candidata à vacina contra o chikungunya, desenvolvida em parceria com a farmacêutica franco-austríaca Valneva. O imunizante se mostrou seguro e imunogênico em dois ensaios clínicos de fase 3, sendo o segundo coordenado pelo Instituto Butantan em voluntários adolescentes no Brasil. 

O estudo mostrou que a vacina induziu a produção de anticorpos neutralizantes em 98,8% dos voluntários. Em novembro, o imunizante foi aprovado para uso nos Estados Unidos pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora norte-americana.

Casos

Nas primeiras semanas de 2024, o Brasil registrou um acumulado de 243.721 casos prováveis de dengue. Há ainda 24 mortes confirmadas e 163 em investigação. Com base nos números, a incidência da dengue no país é de 120 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

No balanço anterior, o país registrava 15 mortes e 217.841 casos prováveis da doença. Havia ainda 149 óbitos em investigação.

Dados do Ministério da Saúde mostram ainda que nas primeiras semanas de 2024 foram contabilizados 14.958 casos prováveis de chikungunya. Há ainda 3 mortes confirmadas e 12 em investigação. A incidência da doença no país é de 7,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. 

No balanço anterior, o país contabilizava 12.838 casos de chikungunya, doença também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Haviam sido confirmadas 3 mortes pela doença e 11 estavam em investigação.

Fonte: Agência Brasil

Juros para empréstimos consignados de servidores do RS serão limitados a partir de fevereiro

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Desde quinta-feira (1), as taxas de juros para consignações feitas por servidores do Executivo estadual passarão a ter um limite estabelecido pelo Tesouro do Estado. O percentual máximo para empréstimos consignados será de 1,76% ao mês e, para os cartões de crédito consignados, de 2,61%.

A medida foi publicada na Portaria 01/2024 do Tesouro do Estado nesta semana. O limite está de acordo com as taxas de juros praticadas nas operações de empréstimos e de financiamentos consignados fixadas pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS).

A limitação relativa aos juros soma-se a um conjunto de mudanças – como as do Decreto 57.241, de outubro do ano passado, que também altera regras referentes ao consignados a partir de abril deste ano (veja abaixo).

Até então, não havia nenhum limitador de taxa de juros, de forma que os servidores ficavam sujeitos aos percentuais oferecidos pelas consignatárias. “Para nós, é um avanço significativo, uma grande entrega do Tesouro do Estado. A medida vale para todas as folhas, incluindo Administração Indireta, empregados públicos, aposentados, pensionistas e militares”, detalha a subsecretária-adjunta do Tesouro do Estado Juliana Debaquer.

A portaria também estabelece outros regramentos: a partir de agora, não poderá ser excedido o limite de 84 parcelas mensais e sucessivas. Para os casos de refinanciamento de operações, o máximo é de 120 parcelas iguais e sucessivas. O regramento também prevê a proibição de cobrança da Taxa de Abertura de Crédito (TAC) ou quaisquer outras taxas administrativas. O Custo Efetivo Total (CET) da operação deverá ser informado no ato da contratação.

As operações de financiamentos relacionados ao Sistema Financeiro de Habitação ou ao Sistema de Financiamento Imobiliário não estão sujeitas às limitações.

Outras mudanças

A limitação das taxas máximas de juros para consignações é a primeira de uma série de mudanças que entram em vigor neste ano. As demais passam a valer a partir de abril, conforme o Decreto 57.241/2023.

Uma delas é referente ao limite de endividamento em consignações facultativas: a soma mensal não poderá exceder 40% da remuneração líquida, sendo 5% destinados exclusivamente para cartão de crédito. O objetivo é oferecer mais segurança financeira aos servidores, que terão maior restrição para comprometimento do contracheque.

Brigada prende homem por tráfico de drogas em Casca

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Ontem (1), a Brigada Militar de Casca, após perceber uma movimentação durante patrulhamento em frente a uma residência conhecida como ponto de vendas de drogas, abordou um indivíduo em atitude suspeita.

Durante a revista, foi encontrada uma considerável quantia em dinheiro, com notas de baixo valor, e cinco porções de cocaína embaladas para venda. O homem, de 31 anos, foi encaminhado para a Delegacia de Polícia de Marau para o registro do flagrante e recolhido ao sistema prisional pelo crime de tráfico de entorpecentes.

Fonte: Brigada Militar de Casca

Brasil criou 1,48 milhão de empregos formais em 2023, aponta Caged

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O Brasil registrou saldo positivo de 1.483.598 empregos formais em 2023, segundo o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. No acumulado do ano (janeiro a dezembro), foram registradas 23.257.812 admissões e 21.774.214 desligamentos. 

O maior crescimento do emprego formal em 2023 ocorreu no setor de serviços, com a criação de 886.256 postos. No comércio, foram criados 276.528 postos; na construção 158.940; na indústria, 127.145; e na agropecuária, o saldo foi de 34.762 postos.

O salário médio de admissão foi R$ 2.037,94. 

Nas 27 unidades federativas ocorreram saldos positivos, com destaque para São Paulo (390.719 postos, +3%), Rio de Janeiro (160.570 postos, +4,7%) e Minas Gerais (140.836 postos, +3,2%). Nas regiões, as maiores gerações ocorreram no Sudeste, (726.327), Nordeste (298.188) e Sul (197.659). O maior crescimento foi verificado no Nordeste, 5,2%, com geração de 106.375 postos no ano.

A maioria das vagas criadas em 2023 foram preenchidas por homens (840.740). Mulheres ocuparam 642.892 novos postos. A faixa etária com maior saldo foi a de 18 a 24 anos, com 1.158.532 postos. 

Resultado em dezembro

Em dezembro, o Brasil registrou saldo negativo de 430.159 postos de trabalho com carteira assinada. No mês passado, foram 1.502.563 admissões e 1.932.722 demissões, segundo o Caged. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a queda ocorreu devido ao ajuste sazonal realizado no mês.

No último mês de 2023, os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldos negativos: serviços (-181.913 postos); indústria (-111.006 postos); construção (-75.631 postos); agropecuária(-53.660 postos) e comércio (-7.949 postos).

Fonte: Agência Brasil