20, maio, 2024
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Soja mantém desenvolvimento favorável no RS

Com plantas bem desenvolvidas, a cultura da soja exibe desenvolvimento favorável em todas as regiões produtoras do Rio Grande do Sul. Até o momento, não foram registrados fenômenos de acamamento, e as folhas basais permanecem intactas. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (01/02) pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), as lavouras de soja conservam seu potencial produtivo, apesar da baixa umidade no solo, especialmente em áreas com pouca cobertura de palha, nos solos de menor profundidade e nas topografias onduladas. Nesse contexto, o aumento das temperaturas está ocasionando maior evapotranspiração, resultando em alguns sintomas de deficiência hídrica nos períodos mais ensolarados; porém, ainda não comprometem a produtividade.

Na Região Oeste do Estado, a presença generalizada de ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi) preocupa os produtores de lavouras mais adiantadas, que estão com as entrelinhas fechadas. Estão sendo realizadas aplicações robustas, combinando princípios ativos que atuam em múltiplos sítios metabólicos do fungo, visando aumentar a eficácia do tratamento e reduzir a probabilidade de desenvolvimento de resistência. No entanto, é necessária uma análise criteriosa, pois as constantes quedas na cotação da soja tendem a reduzir a lucratividade, considerando a recorrência nas aplicações e a demanda por fungicidas de maior valor.

O milho teve a colheita intensificada, beneficiada pelas condições climáticas secas e quentes dos últimos períodos. Essas condições propiciaram a realização da colheita com a umidade dos grãos dentro dos padrões ideais de corte, ou seja, abaixo de 18%. A área colhida alcançou 41%, e a produtividade das lavouras continua apresentando grande variabilidade, impactando de forma negativa a média do Estado.

Além dos problemas relacionados ao excesso de umidade durante o desenvolvimento do milho, muitos produtores mencionam que as espigas estão pequenas e apresentam falhas significativas relacionadas a problemas na polinização. Nas áreas mais afetadas por doenças e pragas de difícil controle, as perdas são expressivas, incluindo dificuldades no recolhimento das espigas em função do tombamento das plantas.

Houve pequeno avanço no plantio do milho (1%), que chega a 98% da área projetada para o RS nesta safra, influenciado pela redução da umidade no solo em parte do Estado e pelas áreas de resteva, originalmente reservadas para o plantio, que, devido à preservação fitossanitária, foram destinadas à cultura de soja ou feijão 2ª safra.

Milho silagem – Houve continuidade no cultivo de novas áreas, alcançando 97% da projeção inicial. O processo de colheita e ensilagem de planta inteira avançou mais rapidamente, devido às condições ambientais mais secas, refletindo na redução da umidade, tanto na massa vegetal a ser ensilada quanto nos grãos. A área colhida corresponde a aproximadose 50% da extensão cultivada. A produtividade estimada é de 39.088 kg/ha, podendo haver redução em algumas regiões, onde os cultivos foram afetados por excesso de chuvas, ventos, pragas e moléstias.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, os produtores de milho destinado à silagem devem iniciar a colheita nas próximas semanas, se não chover, favorecendo os processos de corte, transporte e compactação do material nos silos. Em algumas propriedades, em função da diminuição dos níveis de umidade no solo e da previsão de tempo seco, o corte deverá ser efetuado em breve, para evitar o ressecamento das folhas e a perda do ponto ideal de colheita nas lavouras em fase mais avançada do ciclo.

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