O Rio Grande do Sul experimentou nesta segunda-feira mais uma vez um amanhecer com marcas congelantes. Ontem, a estação em Pinheiro Machado, no Sul do estado, registrou mínima de -7ºC. Hoje, a mesma estação registrou mínima na casa de -6ºC.
Todas as regiões do Rio Grande do Sul, com exceção do litoral, anotaram marcas abaixo de zero na madrugada e no amanhecer desta segunda. As menores marcas se deram nas áreas de maior altitude, notadamente na Serra do Sudeste e nos Campo de Cima da Serra.
Como é comum quando a massa de ar frio se encontra estabilizada, com vento fraco ou calmo durante a noite, diferentemente do que ocorre no seu ingresso, em que as mais baixas temperaturas se dão nos topos, as mínimas hoje se concentraram em baixadas.
Em São José dos Ausentes, por exemplo, a mínima na estação do Instituto Nacional de Meteorologia, que fica sobre um morro, foi de -0,3ºC. Já a estação particular, localizada em uma baixada, indicou -5,3ºC.
Com o frio intenso, todas as regiões do Rio Grande do Sul amanheceram com geada nesta segunda-feira. Veja a lista das temperaturas mínimas observadas por estações meteorológicas nesta segunda-feira no Estado:
– Pinheiro Machado: -6,1ºC
– São José dos Ausentes: -5,3ºC
– Soledade: -4,7ºC
– Vacaria: -3,7ºC
– Getúlio Vargas: -3,3ºC
– São Francisco de Paula: -3,2ºC
– Lagoa Vermelha: -3,2ºC
– São Marcos: -3,0ºC
– Ernestina: -3,0ºC
– Canela: -2,8ºC
– Esmeralda: -2,4ºC
– Livramento: -2,2ºC
– Bom Jesus: -1,9ºC
– Santa Rosa: -1,9ºC
– Espumoso: -1,9ºC
– Antônio Prado: -1,8ºC
– Quaraí: -1,7ºC
– Tapera: -1,7ºC
– São Sepé: -1,7ºC
– Não-Me-Toque: -1,7ºC
– Passo Fundo: -1,7ºC
– São José do Ouro: -1,7ºC
– Pontão: -1,6ºC
– Teutônia: -1,4ºC
– Farroupilha: -1,3ºC
– Tio Hugo: -1,3ºC
– Muitos Capões: -1,3ºC
– Venâncio Aires: -1,2ºC
– Rosário do Sul: -1,1ºC
– Porto Xavier: -1,1ºC
– Três Coroas: -1,1ºC
– Monte Alegre dos Campos: -1,0ºC
– Pinhal da Serra: -0,6ºC
– Coxilha: -0,6ºC
– Ibirubá: -0,6ºC
– Carazinho: -0,6ºC
– São Luiz Gonzaga: -0,6ºC
– Garibaldi: -0,5ºC
– Pontão: -0,4ºC
– Cruz Alta: -0,4ºC
– Santa Maria: -0,2ºC
– Ijuí: -0,1ºC
O frio prossegue. Embora com mínimas mais altas, a tendência é de outro começo de dia gelado nesta terça-feira no Rio Grande do Sul. Nas baixadas de São José dos Ausentes, a terça deve amanhecer com -3ºC. Porto Alegre deve ter mínima entre 5ºC e 6ºC, enquanto pontos da área metropolitana devem registrar 1ºC a 3ºC.
Esta sopa de cenoura com cúrcuma é deliciosa. Confira o modo de preparo:
Ingredientes:
– 5 xícaras (chá) de caldo de carcaça de galinha
– 500 gramas de cenoura em cubos pequenos
– 2 unidades de batata em cubos pequenos
– 1 unidade de cebola picada finamente
– 1 colher (sobremesa) de cúrcuma
– 1 colher (chá) de gengibre em pó
– Sal quanto baste
– 1 colher (chá) de suco de limão
– Cebolinha verde a gosto
Modo de Preparo:
– Prepare o caldo: Cozinhe a carcaça de frango com água, louro, talos de salsa, salsão e alho;
– Cozinhe a cenoura, a batata, a cebola, o caldo, a cúrcuma e gengibre por 20 minutos. Deixe amornar e bata no liquidificador;
– Retorne ao fogo. Salgue, despeje o suco de limão e coloque a cebolinha por cima para enfeitar, somente na hora de servir. Dica: a cúrcuma ( cúrcuma longa) é conhecida também como açafrão-da-terra).
Um dos planos mais inovadores da economia mundial completa 30 anos nesta segunda-feira (1º). Há exatamente três décadas, o cruzeiro real, uma moeda corroída pela hiperinflação, dava lugar ao real, que estabilizou a economia brasileira. Uma aposta arriscada que envolveu uma espécie de engenharia social para desindexar a inflação após sucessivos planos econômicos fracassados.
Em meio a tantos indexadores criados para corrigir preços e salários, a equipe econômica do então governo Itamar Franco criou um superindexador: a Unidade Real de Valor (URV). Por três meses, todos os preços e salários foram discriminados em cruzeiros reais e em URV, cuja cotação variava diariamente e era mais ou menos atrelada ao dólar. Até o dia da criação do real, em que R$ 1 valia 1 URV, que, por sua vez, valia 2.750 cruzeiros reais.
“Tem uma expressão popular ótima, que é o engenheiro de obra feita. Depois que fez, dizia: ‘Ah bom, devia ter feito assim.’ Mas durante o processo… Vamos lembrar, foi um processo extraordinariamente arriscado, difícil, com percalços, podia ter dado errado em vários momentos”, relembrou o economista Persio Arida, um dos pais do Plano Real, em entrevista à TV Brasil, durante o lançamento em São Paulo do livro sobre os 30 anos do plano econômico.
Ao indexar toda a economia, a URV conseguiu realinhar o que os economistas chamam de preços relativos, que medem a quantidade de itens de bens e de serviços distintos que uma mesma quantia consegue comprar. Aliado a um câmbio fixo, no primeiro momento, e a juros altos, para atrair capital externo, o plano deu certo. Em junho de 1994, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tinha atingido 47,43%. O indicador caiu para 6,84% no mês seguinte e apenas 1,71% em dezembro de 1994.
Plano Larida
Batizada de Plano Larida, em homenagem aos economistas André Lara Resende e Pérsio Arida, a ideia de uma moeda indexada atrelada à moeda oficial foi apresentada pela primeira vez em 1984. Em vez de simplesmente cortar gastos públicos para segurar a inflação, como preconiza a teoria econômica ortodoxa, o Plano Larida foi parcialmente inspirado numa experiência heterodoxa em Israel no início dos anos 1980.
No país do Oriente Médio, os preços e os salários foram temporariamente congelados para eliminar a inércia inflacionária, pela qual a inflação passada alimenta a inflação futura. Posteriormente, foi feito um pacto social para aumentar os preços o mínimo possível, e o congelamento foi retirado, reduzindo a inflação israelense.
Uma ideia semelhante chegou a vigorar no Plano Cruzado, em 1986. A estabilização, no entanto, naufragou porque o congelamento estendeu-se mais que o esperado e, temendo repercussões nas eleições parlamentares daquele ano, a primeira pós-ditadura, o governo José Sarney não implementou medidas de controle monetário (juros altos) e fiscal (saneamento das contas públicas). Na época, não existia a Secretaria do Tesouro Nacional para centralizar as contas do governo, e os gastos públicos eram parcialmente financiados pelo Banco Central e pelo Banco do Brasil.
Consenso político
O sucesso do Plano Real, no entanto, não se deve apenas à URV. Num momento raro de consenso político e de cansaço com a hiperinflação, o Congresso Nacional foi importante para aprovar medidas que saneavam as contas públicas. Uma delas, a criação do Fundo Social de Emergência, que desvinculou parte das receitas do governo e flexibilizou a execução do Orçamento ainda no segundo semestre de 1993.
Professora de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), Virene Matesco diz que o entrosamento político foi essencial para o sucesso do Plano Real. “Houve uma ação política de um governo transitório, do presidente Itamar Franco. Desprovido de vaidade, que cedeu protagonismo ao presidente Fernando Henrique Cardoso [então ministro da Fazenda]. Houve uma perfeita harmonia entre a política e a economia para impactar no social, com um Congresso desorganizado após o impeachment do ex-presidente Collor”, ressalta.
Um dos criadores do Plano Real e presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso, Gustavo Franco diz que o Plano Real envolveu a angariação de apoio político antes de ser posto em prática.
“O Plano Real é uma política pública que envolveu gente que entende do assunto, que conversa entre si e se organizou sob uma liderança política para explicar conceitos e arregimentar apoios políticos. Depois, entrou toda uma engenharia social de fazer acontecer um empreendimento coletivo tão importante, que precisa engajar todo um país. Isso não é simples”, destacou o economista no lançamento do livro dos 30 anos do plano.
Benefícios
Outro pai do Plano Real, o economista Edmar Bacha, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no início do governo Fernando Henrique, diz que o objetivo do plano era fundamentalmente acabar com a hiperinflação. Segundo ele, outras melhorias econômicas, como o aumento do poder de compra, vieram depois.
“Ao acabar com a hiperinflação, o plano deu poder de compra ao salário do trabalhador. O salário não derretia mais, e o trabalhador não tinha de correr para o supermercado no primeiro dia em que recebia o seu salário para chegar antes das maquininhas remarcadoras de preços. Todo esse pandemônio que era a vida do brasileiro com a inflação ficou para a história. Para imaginar o legado do plano, compara com a Argentina hoje, que está tentando fazer o que fizemos com sucesso há 30 anos”, diz Bacha.
Reconhecimento
Três décadas depois, economistas de diversas correntes reconhecem o sucesso do Plano Real em acabar com a hiperinflação.
“O maior ganho do plano real foi trazer a inflação para níveis civilizados, de qualquer país com um sistema econômico minimamente normal. Hoje, a inflação está de 4% a 5% por ano. O mérito do Plano Real foi principalmente civilizatório. Do jeito que era no Brasil, quem mais sofria as consequências eram os mais pobres”, diz o economista Leandro Horie do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que critica o impacto da política de juros altos sobre a indústria.
Também crítica dos juros altos e da dependência da economia brasileira do agronegócio, a economista Leda Paulani diz que o fim da indexação dos preços foi o principal benefício do Plano Real. “Foi um grande sucesso do ponto de vista da estabilidade monetária e conseguiu dar estabilidade humanitária à economia brasileira. O Plano Real conseguiu criar um remédio especial para uma inflação muito especial que a gente tinha, que era uma inflação marcada pelo processo de indexação”, declara.
Economista-chefe da Way Investimentos e professor do Ibmec, Alexandre Espírito Santo classifica o Plano Real como o mais bem-sucedido plano de estabilização econômica na história global recente. “Foi muito bem elaborada a questão da URV, como você falou. O Plano Real usou tanto medidas ortodoxas, de ajuste fiscal e juros altos, para combater a inflação, como heterodoxo, que envolveu a criação de uma moeda paralela temporária”, relembra.
Virene Matesco, da FGV, diz que se emociona ao dar aulas sobre o Plano Real. “Se hoje a nossa vida é muito melhor, é graças aos nossos economistas que construíram um plano que fez muito pouco estrago na economia. Em qualquer sociedade do mundo, o combate à inflação é extremamente doloroso e causa grandes transtornos. O Plano Real acaba com a hiperinflação com quase nenhuma dor. Foi um plano extremamente transparente, feito por etapas e muito bem comunicado à população”, diz.
O Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Casca anuncia uma importante transição em sua liderança. Nauro Nizzola, que esteve como presidente desde 2005, deixará o cargo ao fim do mês de junho de 2024 para assumir novas responsabilidades como gerente administrativo da unidade da Coasa de Casca. Gilmar Geraldo Canozza, atual vice-presidente da entidade, assumirá o cargo de presidente.
Desde seu início no sindicato, em 1998, como tesoureiro, Nauro participou da luta sindical em várias frentes, como o desenvolvimento da agricultura familiar e a implementação de programas de subsídio para sementes e equipamentos agrícolas. Ele também atuou durante os desafios regulatórios, como a instrução normativa na época 51 sobre questões de leite, e no fortalecimento das agroindústrias locais, além do trabalho em prol dos direitos previdenciários e do Pronaf.
Outra grande conquista do Sindicato está tomando forma: a construção da nova sede do sindicato. Nauro se comprometeu a continuar colaborando com a entidade, especialmente em projetos em andamento, como a nova sede, garantindo uma transição ordeira e a continuidade dos serviços.
Em suas palavras de despedida, o presidente agradeceu aos associados, parceiros e à comunidade pelo apoio ao longo dos anos. “Embora eu esteja assumindo um novo desafio, meu compromisso com a comunidade de Casca permanece o mesmo. Estarei sempre disponível para apoiar e colaborar para o bem-estar de todos. Agradeço pelo apoio contínuo e confiança depositada em minha liderança. Se o STR de Casca é uma entidade forte e sólida, isso se deve à força do nosso povo agricultor e ao apoio da diretoria que tivemos em todos estes anos. Agradeço muito a todos”, declarou o presidente Nauro Nizzola.
O Rio Grande do Sul deve produzir 4.068.852 toneladas de trigo na Safra de Inverno 2024, o que representa um aumento de 55,27% em relação à safra frustrada de 2023, que totalizou 2.620.493 toneladas (IBGE). Estes dados compõem a estimativa do Informativo Conjuntural, apresentado pela Emater/RS-Ascar na manhã desta sexta-feira (28) em Porto Alegre.
Durante a apresentação, o diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, ressaltou que a área cultivada de trigo está projetada em 1.312.488 hectares, em 407 municípios, sendo 12,84% inferior à área de 2023, que foi de 1.505.807 (IBGE). “Essa redução na área de plantio é justificada pelos baixos preços do cereal, pelos riscos climáticos e pela frustração econômica da última safra”, disse.
Segundo dados da Emater/RS-Ascar, a produtividade prevista para o trigo é de 3.100 kg/ha, o que representa elevação de 77,04%, quando comparada aos 1.751 kg/ha obtidos na safra anterior (IBGE). Apesar das chuvas e do excesso de umidade no solo, o período é de semeadura do trigo e das culturas de inverno, como aveia branca, canola e cevada. No trigo, por exemplo, houve um baixo incremento na área semeada, estimada em 56% da projetada para o Estado.
A emergência do trigo não está uniforme em todas as lavouras, variando conforme o impacto e o volume das chuvas que ocorreram após a semeadura. Nas áreas com maiores volumes de precipitação, houve escorrimento superficial, carreando sementes e solos, além de acúmulo de terra sobre os sulcos de semeadura, o que provocou irregularidade no estande de plantas. Já as lavouras implantadas mais precocemente iniciaram a fase de perfilhamento e recebem tratos culturais, incluindo o controle de plantas invasoras e a adubação nitrogenada em cobertura.
Aveia branca – A estimativa de safra, realizada em 282 municípios gaúchos, aponta aumento de 0,16% na área cultivada, passando de 364.989 hectares (IBGE) para 365.590 hectares em 2024. O cálculo de tendência indica estimativa de produtividade de 2.402 kg/ha, resultando numa produção de 878.271 toneladas de grãos. De acordo com a Emater/RS-Ascar, o pequeno aumento no cultivo do cereal em comparação à safra anterior pode ser justificado pela restrição da oferta e pelo preço elevado de sementes disponíveis em algumas regiões do Estado, o que pode ter desestimulado o plantio.
Enquanto que na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen a semeadura da aveia branca alcança 86% da área prevista para esta safra, com bom desenvolvimento inicial, na de Ijuí a semeadura foi finalizada e o desenvolvimento está bastante variável entre as lavouras. Algumas apresentam baixa densidade de plantas, devido aos danos causados por fortes chuvas, pelo ataque de pragas de solo, especificamente coró-das-pastagens, e pela incidência de doenças foliares nas folhas basais. As plantas apresentam desenvolvimento aquém do esperado, folhas estreitas, coloração amarelada e senescência das basais.
Canola – A cultura apresenta a maior alteração proporcional na área de cultivo entre os grãos de inverno no Estado, com expansão de 74,35% na extensão das lavouras em relação ao ano anterior. Para a presente safra, projetam-se 134.975 hectares; em 2023, foram plantados 77.418 hectares. A estimativa de safra realizada em 231 municípios aponta uma produção de 226.557 toneladas, e a média de produtividade é de 1.679 kg/ha. O cultivo se concentra no quadrante Noroeste do Estado.
“A expansão das áreas de cultivo da canola nesta safra está diretamente associada aos resultados da safra anterior, aos ganhos econômicos satisfatórios e à redução das perspectivas de cultivo de trigo e, em parte, de milho em áreas irrigadas”, avalia o diretor técnico da Emater/RS, ao destacar que os produtores mencionam a necessidade de aumentar a lucratividade das unidades de produção, justificando, assim, a substituição dos cultivos.
Cevada – A projeção inicial de cultivo da cultura é de 34.429 hectares, representando redução de 15,4% na área em relação aos 40.695 hectares da safra anterior. O cálculo de tendência, realizado em consulta a 182 municípios gaúchos, indica produtividade de 3.245 kg/ha e produção de 111.707 toneladas.
O levantamento da Emater/RS-Ascar demonstra redução no cultivo da cevada, condicionado pela frustração da safra anterior, na qual quase a totalidade dos grãos produzidos no Estado não obteve classificação comercial adequada para a indústria cervejeira. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, a área está estimada em 12.460 hectares, sendo 13% inferior ao ano anterior. Já na região de Ijuí, onde a semeadura da cevada foi finalizada, a área semeada é pequena, concentrada em poucos municípios. O acompanhamento das lavouras está menos intenso, porém a cultura apresentou bom estabelecimento inicial e adequado estande de plantas.
CULTURAS DE VERÃO
Soja – A colheita foi concluída. No Sul do Estado, cerca de 10% da área foi abandonada, resultando em produtividade aproximada de 1.500 kg/ha. Na Região da Campanha, os produtores finalizaram a colheita, mas algumas lavouras, especialmente em várzeas úmidas inacessíveis às máquinas, foram abandonadas, em razão do baixo potencial produtivo e do alto índice de grãos avariados.
Após a conclusão da colheita, os produtores de soja buscam antecipar créditos de custeio para a safra 2024/2025, com o objetivo de manter as condições do Proagro constantes no Plano Safra atual, já que está prevista uma redução na cobertura do seguro para o próximo período agrícola. A área cultivada no Estado está estimada em 6.681.716 hectares, e a média estadual de produtividade em 2.923 kg/ha.
Milho – A colheita foi encerrada na maior parte do Estado. Na Região dos Vales, as chuvas e a alta umidade no solo impediram a conclusão da colheita das lavouras tardias. Essas lavouras apresentam produtividade e qualidade reduzidas, devido às chuvas excessivas, aos ventos fortes e a problemas fitossanitários. Na Região Sul, as empresas cerealistas retomaram o recebimento do milho, após o encerramento da safra de soja. No entanto, as lavouras comerciais remanescentes são de pequena extensão, predominando cultivos em áreas de minifúndio, onde as espigas costumam ser mantidas nas plantas a campo para serem colhidas, quando houver disponibilidade de tempo ou necessidade de autoconsumo. A produtividade estadual está estimada em 5.966 kg/ha em área de cultivo de 812.795 hectares.
Os produtores de milho que encerraram a colheita priorizam a obtenção dos documentos necessários para o encaminhamento de projetos de custeio, para regularização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e para a renovação de contratos. Em função da elevação dos preços dos fertilizantes, há uma urgência na obtenção de recursos para a aquisição desses insumos, a fim de evitar custos maiores na implantação das lavouras. As plantas de cobertura que antecedem a semeadura da nova safra de milho se desenvolvem melhor, mas ainda apresentam baixa quantidade de massa verde.
Milho silagem – A colheita das lavouras destinadas à silagem está concluída. A área plantada no Estado está estimada em 348.549 hectares, e a produtividade em 32.368 kg/ha.