Hospital Veterinário da UPF atende cascavel vítima de tráfico

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O Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo (HV/UPF) recebeu para atendimento, no final da tarde de terça-feira, 25 de março, uma serpente da espécie cascavel. O animal foi encaminhado ao HV pela Polícia Ambiental após ser encontrada em uma residência da região, possivelmente vítima de tráfico ilegal, uma vez que a espécie não é natural da região. O animal foi avaliado, passou por um check up, e segue em observação enquanto aguarda o resultado dos exames para posterior realocação em seu habitat natural junto aos órgãos ambientais.

De acordo com a professora e coordenadora do Grupo de Estudos de Animais Silvestres (Geas) Michelli Ataíde, o quadro clínico apresentado pelo animal ao chegar ao Hospital indica que ela era mantida de forma ilegal em um cativeiro clandestino, possivelmente para a coleta de material biológico. “Nosso estado não permite esse tipo de criatório comercial para a coleta de peçonha, por isso, não teria como encontrar um animal desses em área urbana como foi encontrada. A partir do resultado dos exames, vamos proceder juntamente à Polícia e ao Ministério Público para a destinação e realocação da serpente ao seu local de origem”, explicou. 

A Crotalus durissus é, segundo o Instituto Butantan, a única espécie de cascavel encontrada no Brasil, sendo comum nas áreas abertas de todas as regiões brasileiras. No Rio Grande do Sul, são mais comuns em regiões de municípios como São Leopoldo, Vacaria e municípios da Serra. Ainda conforme dados do Butantan, a cascavel é responsável por cerca de 10% dos acidentes com cobras no Brasil e possui um veneno bastante tóxico, atacando os músculos e o sistema nervoso. “A cascavel é uma das serpentes mais perigosas que nós temos no Brasil. A peçonha dela pode causar danos importantes para o ser humano, podendo levar a óbito se não for atendido da forma correta”, pontua Michelli. 

Em função desse risco e da própria segurança da serpente, a professora ressalta a importância de não criar esses animais em casa. “Além de ser uma prática ilegal, criar esses animais em casa coloca em risco toda a família e também a sociedade, sendo uma questão de segurança pública. Também temos a preocupação com a própria segurança do animal, que não tem culpa de estar em local impróprio. Essa prática coloca em risco a vida da serpente, das próprias pessoas que estão traficando o animal e, principalmente dos vizinhos e da sociedade que estão em volta”, frisou.

Evento sobre turismo acontece nesta quarta-feira em Vanini

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O Plenário Hélio José Oro, da Câmara de Vereadores de Vanini, será palco de um importante evento sobre o turismo na região, que ocorrerá nesta quarta-feira, 26 de março, às 19h30min. Intitulado “Turismo, por onde começamos?”, o encontro é promovido pela ACISAV e reunirá empresas, autoridades e a comunidade para discutir maneiras de impulsionar o setor turístico.

A programação contará com palestra de Marciano Giuriatti, conhecido como Bepi, que compartilhará a experiência de transformar a Vila Histórica de Evangelista e o La Taverna em destinos turísticos de destaque, tanto no Brasil quanto no exterior. Atualmente, o La Taverna conta com quase 100 mil seguidores no Instagram e organiza diversos eventos, incluindo tours pelos pontos turísticos da região.

Após a apresentação inicial, outros assuntos poderão ser abordados conforme os pronunciamentos dos demais participantes, colocando em pauta pontos importantes a serem destacados. Toda os vaninenses estão convidados para participar deste encontro.

7º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano tem programação com visita técnica em Casca

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De 08 a 10 de abril, Bento Gonçalves receberá a 7ª edição do Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano. Promovido anualmente, o evento é uma vitrine do país para apresentação do que é produzido em biogás e biometano, sendo realizado de forma itinerante nos estados do Sul do Brasil (RS, SC e PR).

A programação inclui painéis, Espaço de Negócios, Momento Startups e a entrega do Prêmio Melhores do Biogás, além das visitas técnicas a propriedades rurais e indústrias gaúchas que transformam resíduos da produção animal, resíduos urbanos e industriais em biogás, gerando energia elétrica, biometano e fertilizantes. Em Casca, a visita acontecerá na Granja Mezzomo.

Todas as visitas será guiadas, com apresentação técnica às instalações. Os participantes poderão sanar dúvidas sobre os projetos, aplicações, inovações aplicadas e resultados. O evento é realizado pelo Centro Internacional de Energias Renováveis – CIBiogás (PR), pela Embrapa Suínos e Aves (SC) e pela Universidade de Caxias do Sul – UCS (RS), e organizado pela Sociedade Brasileira dos Especialistas em Resíduos das Produções Agropecuária e Agroindústria (SBERA).

Conheça os roteiros de visitas técnicas:

ROTEIRO 1

Granja Ceccato | em Vila Flores – É uma propriedade de produção de suínos, em que o biogás é obtido a partir dos dejetos, desde 2005, e, atualmente, utilizado na geração de energia elétrica. Uma parte do digestato vai para a fertirrigação de lavouras próprias e outra parte é matéria-prima na indústria de fertilizantes. A propriedade rural tem produção integrada de suínos com a empresa JBS, sendo que uma das granjas é de suínos em terminação, com 3,6 mil animais alojados, e outra produz leitões (cerca de 2,6 mil matrizes).

Granja Mezzomo | em Casca – A unidade produtora de leitões desmamados (UPLD) com capacidade de 3 mil matrizes alojadas, funciona integrada ao grupo JBS. Os dejetos dos animais são tratados por biodigestores, e o digestato vai para a fertirrigação, o que viabiliza o licenciamento ambiental da propriedade rural. O visitante poderá conhecer o projeto que está em desenvolvimento para produção de energia elétrica a partir de uma usina com gerador a biogás.

N&N Cecchin | em Ibiraiaras – A propriedade rural tem 300 animais, sendo 130 vacas em ordenha. Os dejetos animais servem de matéria-prima para produção de energia elétrica por meio da conversão em biogás. O digestato, após passar pelo biodigestor, é reciclado na fertirrigação de lavouras de 12 hectares.

ROTEIRO 2

Unidade de Valorização Sustentável (UVS) | em Minas do Leão – A Unidade de Valorização Sustentável (UVS) Minas do Leão da CRVR fica localizada em cidade de mesmo nome.

ROTEIRO 3

Folhito | em Estrela – A planta industrial da Folhito faz o tratamento de resíduos orgânicos agroindustriais, agrosilvopastoris e da indústria alimentícia, baseado em um modelo conjugado que utiliza compostagem e biodigestão anaeróbia, transformando passivos ambientais em insumos agrícolas e energia.

Soja apresenta perdas significativas em Santo Antônio do Palma

Na última segunda-feira (24), a equipe da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Santo Antônio do Palma, juntamente com a Defesa Civil e a Emater/RS, estiveram percorrendo áreas do município onde está acontecendo a colheita de soja.

De acordo com levantamento, confirmou-se o prognóstico de antes da colheita, que previa perdas bem significativas na cultura. O município decretou Situação de Emergência devido à estiagem ainda em meados de fevereiro, porém, o Estado ainda não homologou o pedido, fato que ocorre em vários municípios da região.

A Secretaria afirma estar monitorando a situação da estiagem, buscando sempre benefícios que amenizem as perdas dos produtores rurais do município.

Confirmados primeiros casos no ano de Chikungunya no RS com transmissão local

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O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), vinculado à Secretaria da Saúde (SES), divulgou um alerta sobre os primeiros casos autóctones de Chikungunya no Estado em 2025. Os 31 casos foram registrados no município de Carazinho, no norte do Rio Grande do Sul, marcando a transmissão local do vírus causador da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. As ocorrências foram registradas com datas de início dos sintomas durante o período de 9 de fevereiro e 14 de março.

Fora esses, o Estado havia confirmado apenas cinco casos importados nos municípios de Porto Alegre, Ametista do Sul, Bento Gonçalves e Feliz. Esses foram identificados em pacientes com histórico de viagem para outros estados até 15 dias antes do início dos sintomas. Em Carazinho, a transmissão local foi confirmada por exames laboratoriais em 24 pacientes do sexo feminino e sete do sexo masculino, com idades entre 6 e 87 anos.  

A Chikungunya tem sintomas semelhantes aos da dengue, como febre alta e dores de cabeça, musculares, nas articulações e nas costas. Os sintomas geralmente duram entre sete e dez dias. A doença tem grande potencial de disseminação, podendo levar a grandes surtos e epidemia, com impacto significativo nos serviços de saúde.  

Diante do cenário, o Cevs emitiu um alerta epidemiológico aos serviços de saúde para intensificarem as medidas de vigilância epidemiológica para identificação e notificação imediata de casos suspeitos à vigilância ambiental. É considerado caso suspeito de chikungunya toda pessoa com  febre de início súbito, acompanhada de dor nas articulações ou artrite intensa não explicada por outras condições que seja residente ou tenha visitado áreas com transmissão até duas semanas antes do início dos sintomas.  

Municípios com casos suspeitos devem coletar amostras até o oitavo dia do início dos sintomas dos pacientes para exames de detecção envio ao  Laboratório Central do Rio Grande do Sul (Lacen). Profissionais de saúde também devem estar atentos às diferenças da chikungunya e outras arboviroses, como dengue e zika, especialmente devido ao risco de cronificação da dor articular.  

A população pode colaborar eliminando possíveis criadouros de larvas do mosquito Aedes aegypti com acúmulo de água parada, como pneus, latas, baldes, garrafas, vasos de plantas e piscinas sem uso. 

Série histórica Chikungunya no RS 

Ano – casos confirmados (casos autóctones) 

2025 (até 21/03/25) – 36 (31 autóctones)  

2024 – 10 (4 autóctones) 

2023 – 50 (14 autóctones) 

2022 – 68 (48 autóctones) 

2021 – 262 (217 autóctones) 

2020 – 13 (zero autóctones) 

2019 – 15 (1 autóctone) 

2018 – 20 (11 autóctones) 

2017 – 18 (zero autóctones) 

2016 – 75 (5 autóctones) 

2015 – 12 (zero autóctones)