21, nov, 2024
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Milho apresenta bom desenvolvimento apesar da baixa incidência de radiação solar 

O período prolongado de chuvas, além de resultar em alta umidade do solo, limitou o avanço da semeadura do milho, que ficou em apenas 1%, totalizando 65% da área cultivada prevista. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado na quinta-feira (17), apesar da baixa incidência de radiação solar, as lavouras apresentam bom desenvolvimento e adequado estande de plantas. A maior parte das lavouras está em desenvolvimento vegetativo (97%) e 3% estão em floração.

Em algumas regiões, embora a semeadura esteja chegando ao final, ainda está atrasada no Sul e na Campanha devido ao período mais extenso de incidência de chuvas, iniciado ainda em setembro. Nos campos de altitude, especialmente nos Aparados da Serra, a operação não iniciou, pois é realizada de forma mais tardia pelas condições edafoclimáticas inadequadas para operações em períodos mais precoces. 

SOJA – O período recomendado para semeadura, conforme o Zarc, teve início em 01/10 no Rio Grande do Sul. Contudo, o plantio foi realizado em áreas limitadas na fase inicial da janela e, durante o período, dificultado pelas constantes precipitações entre 08 e 11/10.  

A área semeada até o momento representa menos de 1% da superfície total a ser cultivada, estimada em 6.811.344 hectares pela Emater/RS-Ascar. A continuidade da semeadura deve ocorrer de forma moderada, nos próximos dias, em virtude da priorização de outras atividades, consideradas urgentes, como a colheita de cereais de inverno e a semeadura de arroz. A produtividade média projetada para a safra 2024/2025 é de 3.179 kg/ha. 

TRIGO – A colheita do trigo atingiu 3% da área total estimada no estado nas lavouras de ciclo mais curto. Já a maior parte das lavouras de ciclo mais longo ainda estão em processo de maturação (45%) e enchimento de grãos (42%).

A área cultivada, conforme dados da Emater/RS-Ascar, é de 1.312.488 hectares e a produtividade prevista permanece em 3.100 kg/ha. 

As condições climáticas que, até a primeira semana de outubro, favoreciam a cultura, sofreram mudanças, gerando apreensão entre os triticultores. A sucessão de precipitações, que se estenderam por até cinco dias consecutivos em parte do estado, resultou em excessiva umidade no solo, limitando o desenvolvimento das lavouras e mantendo água livre sobre as plantas durante quase todo o período. Essa situação beneficiou o desenvolvimento de doenças, sobretudo giberela. 

A colheita foi interrompida pela dificuldade de acesso das máquinas, o que pode afetar pontualmente os resultados da safra em razão da degradação das reservas do grão em maturação fisiológica, principalmente nas áreas onde foram aplicados herbicidas para dessecação e uniformização das plantas. 

PASTAGENS – As pastagens cultivadas de aveia e azevém apresentam maior disponibilidade de forragem, apesar de estarem no final de seus ciclos produtivos e iniciando a fase de produção de sementes. As pastagens nativas mostram melhorias significativas na disponibilidade forrageira, além de crescimento acelerado, favorecendo a eficiência no manejo dos animais nos piquetes. 

BOVINOCULTURA DE CORTE – As temperaturas do período foram favoráveis ao desempenho animal, embora a umidade excessiva persista nas áreas baixas. O nascimento dos terneiros segue normalmente, e algumas propriedades iniciaram a estação de coberturas e inseminações, especialmente aquelas com Integração Lavoura-Pecuária (ILP), visando a parições antecipadas. 

BOVINOCULTURA DE LEITE – Os produtores estão focados no manejo das pastagens e na criação de terneiras. Tem sido recomendado o plantio antecipado de milho para silagem, visando garantir uma alimentação adequada para o gado. 

Fonte: Emater/RS-Ascar

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