23, nov, 2024
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Como o deus digital afeta nossas vidas | Leia & Pense

O magnata da tecnologia e bilionário Elon Musk revelou que o cofundador do Google, Larry Page, uma vez lhe disse que esperava construir uma superinteligência IA que Musk descreveu como um “deus digital”. Segundo The Christian Post, Musk contou que Page parecia querer uma “superinteligência digital, basicamente um deus digital, o mais rápido possível para melhorar a vida das pessoas”.

Musk disse ainda que concorda com Page que há um grande potencial para o bem, mas também há potencial para o mal. “E assim, se você tem alguma nova tecnologia radical, você quer tentar tomar um conjunto de ações que maximizem a probabilidade de fazer o bem e minimizem a probabilidade de fazer coisas ruins”, apontou o bilionário.

Todos nós vivemos sob alta dependência e influência de diversas tecnologias. Não conseguimos mais nos desvencilhar dos meios digitais e aos poucos as ferramentas vão transformando a nossa forma de trabalhar e de se relacionar com as outras pessoas. Elas nos dominam e nos moldam, e tudo indica que, diante do acelerado avanço da IA, muitas mudanças ainda virão pela frente.

A verdade é que a humanidade sempre dependeu da tecnologia. Desde tempos remotos o ser humano buscou encontrar e desenvolver técnicas para realizar as suas tarefas mais primárias. A diferença para os tempos atuais é o tipo de tecnologia, o grau de dependência e a rapidez dos avanços. Mesmo assim, não só cientistas do comportamento humano como os das próprias tecnologias digitais ponderam sobre os efeitos nocivos para as relações humanas.

O cientista Dennis Ford sugere que a mídia tecnológica dominante de qualquer era faz surgir novos conhecimentos que influenciam a própria concepção a respeito de Deus. Em culturas orais, argumenta Ford, o divino é concebido como concreto, imprevisível e pluralista, enquanto em culturas letradas a natureza estática do texto escrito desperta concepções de um Deus mais autoritário, transcendente e imutável. Por outro lado, o multissensorial ‘Deus digital’ é experiencial, acessível e customizável.

Infelizmente, a maioria das igrejas está apresentando um deus palatável a esse movimento, utilizando o multissensorial para atingir novos fiéis. Afinal, o Deus criador dos céus e da terra não opera na velocidade dos meios digitais. Daí a agonia humana por um Deus que fale a linguagem dos nossos tempos.

Pense nisso quando você for escolher uma igreja evangélica para frequentar. Se a palavra for anunciada com seriedade, você encontrará segurança e tranquilidade para construir um relacionamento com Deus que ama você, mas que não trabalha conforme o calendário humano. É um Deus que não se vende diante das oferendas tecnológicas, do poder do dinheiro, mas que responde a um coração contrito e verdadeiro.

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