16, maio, 2025
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Colheita da Safra de Verão chega à reta final no Rio Grande do Sul

O predomínio de tempo seco acelerou a colheita da soja na primeira metade da semana, já que os prognósticos apontavam chuvas para o final do período. A área colhida alcançou 98%.

Segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (15/05), de forma geral, as precipitações escassas em abril permitiram a colheita de materiais com alta desidratação, mas houve perdas por debulha natural. Permanecem por colher 2%, correspondentes a áreas de replante, várzeas com cultivares de ciclo tardio e talhões semeados no final de janeiro (alguns em safrinha), maduros ou que atingirão a maturação nos próximos dias.

A produtividade média estadual for reavaliada pela Emater/RS-Ascar para 1.957 kg/ha, representando redução de 38,43% nos 3.179 kg/ha projetados antes do início do plantio. As produtividades alcançadas variam entre regiões: de 1.388 kg/ha na região administrativa de Bagé a 3.225 kg/ha na de Caxias do Sul, refletindo principalmente a distribuição irregular das chuvas.

Mesmo em regiões onde as precipitações foram semelhantes, outros fatores interferiram nos resultados, como a época de semeadura, manejo de solos e o nível de investimento em insumos, reduzidos em parte das lavouras devido às restrições financeiras de recorrentes frustrações climáticas recentes com as culturas de verão e inverno.

O tempo firme, após as precipitações, deve viabilizar o avanço das operações e o encerramento da safra de soja, tanto em áreas de coxilha quanto em várzeas, dado o caráter moderado das chuvas registradas nas regiões onde restam lavouras por colher. As chuvas intensas no Oeste causaram erosão laminar pontual, sem impacto expressivo nas áreas pós-colheita.

MILHO

A colheita de milho prosseguiu em ritmo lento, chegando a 94%. As chuvas comprometeram a operação em parte do período, mas não causaram atrasos, uma vez que ainda se aguarda a finalização do ciclo das lavouras estabelecidas tardiamente ou em safrinha. Restam 4% em maturação e 2% em enchimento de grãos.

As chuvas do período contribuíram para a reposição dos níveis de umidade no solo, promovendo a recomposição da turgescência e das condições fisiológicas nas plantas. Já o subsequente tempo ensolarado, aliado à manutenção de temperaturas amenas, tem favorecido o desenvolvimento das lavouras. Nessas condições, observa-se, mesmo que em ritmo lento, acúmulo gradual de graus-dia, fundamental para o avanço do ciclo fenológico, especialmente nos estádios reprodutivos que demandam maior disponibilidade térmica.

Algumas lavouras foram pontualmente afetadas por ventos fortes. Em razão dos danos, essas áreas deverão ser destinadas a usos alternativos, como produção de silagem ou pastejo, a depender do estágio de desenvolvimento e do grau de acamamento das plantas.

A produtividade estadual do milho foi reestimada pela Emater/RS-Ascar em 6.857 kg/ha, representando redução de 3,6% em relação à estimativa inicial de 7.116 kg/ha, realizada antes do início do plantio.

MILHO SILAGEM

A colheita do milho silagem avançou de forma mais lenta no período, devido à ocorrência de chuvas, atingindo 96%. Do restante, 3% encontram-se em maturação fisiológica e 1% em enchimento de grãos.

As precipitações promoveram a recuperação da turgescência foliar e o aumento da umidade nas espigas. Essa melhoria nas condições hídricas contribuiu para concentração de matéria seca e a qualidade nutricional da forragem, que estavam afetadas durante o período recente de déficit hídrico.

A produtividade média do milho silagem para a Safra 2024/2025 foi reavaliada pela Emater/RS-Ascar em 35.934 kg/ha, representando redução de 6,52% nos 38.440 kg/ha estimados na ocasião do plantio.

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