22, fev, 2025
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Legislativo de Casca aprovou Moção de Repúdio ao projeto de concessão de rodovias

A Câmara de Vereadores de Casca aprovou, na última sessão, realizada na segunda-feira (3), uma moção de repúdio ao projeto de concessão de rodovias do Bloco 2, com estradas localizadas no Vale do Taquari e na Região Norte. A autoria da moção é da vereadora Cláudia Oliveira, e a proposta foi votada e aprovada por unanimidade por todos os vereadores casquenses.

A justificativa traz como tema a crítica severa à concessão das rodovias do Bloco 2, localizadas no Vale do Taquari e na Região Norte do Estado do Rio Grande do Sul. O projeto prevê investimentos para as sete estradas que compõem o bloco, sendo elas: ERS-128, ERS-129, ERS-130, ERS-135, ERS-324, RSC-453 e BR-470. O valor estimado é de aproximadamente R$ 6,7 bilhões ao longo de 30 anos de concessão à iniciativa privada. A estruturação conta com a parceria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A vereadora Cláudia Oliveira, propositora da moção, afirmou: “Não podemos aceitar calados, temos que nos manifestar. Nossa região será duramente prejudicada com a instalação das praças de pedágio. Casca terá duas, uma na ERS-324, km 260, no povoado Migliavacca, e outra na ERS-129, km 160, entre a localidade de Parobé e o Distrito de Evangelista. Para se deslocar até Porto Alegre, o cidadão casquense vai desembolsar mais de R$ 85,00, ida e volta, para carros de passeio. Imagine o valor pago pelos transportes de carga, que têm a cobrança feita por eixos. Para Passo Fundo, o custo será superior a R$ 20,00 de ida e volta, e para a região de Bento Gonçalves, mais de R$ 30,00 entre ida e volta. Foram realizadas Audiências Públicas em Passo Fundo, Lajeado e Venâncio Aires, e o projeto de concessão do Bloco 2 não teve aceitação das lideranças locais”, afirmou a vereadora.

“As regiões afetadas pelos pedágios enfrentarão sérias consequências, como a perda de atração de investimentos, o aumento no custo de vida, o turismo desestimulado, e multas altíssimas no caso de não pagamento do pedágio Free Flow (cobrança automática por tag ou aplicativo), além da perda de pontos na CNH e até suspensão da mesma. Além disso, nossa região não será beneficiada por obras de infraestrutura, como passarelas, viadutos, pontes, trevos ou viadutos elevados, sendo previstas apenas algumas duplicações. Por essa razão, propus a Moção de Repúdio contra os pedágios. Vamos pagar um preço muito alto sem receber retorno algum. Já pagamos o IPVA e o imposto sobre o combustível, que deveriam ser usados para a conservação e manutenção das estradas, e agora seremos penalizados mais uma vez com o pagamento de pedágios a cada 17 km”, concluiu a parlamentar.

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